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Dra. RaquelO zumbido não é uma doença e sim um sintoma que indica alguma doença. É uma queixa muito comum e tem sido reportado por cerca de 80% dos pacientes que visitam o otorrinolaringologista.


 Pode ser definido com uma ilusão auditiva, ou seja, uma sensação sonora não relacionada com uma fonte externa de estimulação. Pode ser descrito com apito, assobio, sussurro, grilo, chiado, estalos, coração pulsando etc. Pode ser percebido como um ruído de alta ou de baixa intensidade.


 Suas causas podem estar dentro ou fora do ouvido e da via auditiva.
Dentre as causas do ouvido podemos destacar a rolha de cera, as otites, a otosclerose (enrijecimento do estribo que é um dos ossículos envolvidos no processo de audição), os traumatismos sonoros, a surdez súbita (“infarto” no ouvido), a presbiacusia (envelhecimento do ouvido), a doença de Menière (aumento de pressão dentro do ouvido) entre outras.


 A via auditiva pode ser comprometida por alguns tumores, por acidentes vasculares cerebrais (“derrame”) e ainda por doenças neurológicas específicas e o zumbido pode ser um sintoma deste comprometimento.


 Como causas de fora do ouvido podemos citar as alterações do metabolismo em decorrência de ingestão exagerada de cafeína, doces e gorduras, doenças da glândula tiróide (hipo ou hipertiroidismo), doenças cardiocirculatórias (anemia, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca), disfunção da articulação têmporo mandibular, doenças na coluna cervical e alterações emocionais como ansiedade, depressão e síndrome do pânico.


 Assim sendo, o zumbido tem várias causas sendo algumas reversíveis, outras controláveis e outras irreversíveis. É importante tentar diagnosticar os possíveis fatores envolvidos em cada paciente para que o tratamento seja personalizado, atuando em todas as causas detectadas.


 São vários os exames utilizados na abordagem do zumbido. Os mais comuns são a audiometria (teste de audição) e exames de sangue para avaliar por exemplo níveis de glicose e colesterol.


 O tratamento do zumbido deve ser realizado de acordo com as causas envolvidas na sua gênese. Podem ser utilizados medicamentos ou não. Porém, não é recomendado tomar remédios sem consultar o médico. Em alguns casos está indicada a terapia de retreinamento que é uma terapia que visa diminuir o incômodo causado pelo zumbido.
Mesmo que não consiga descobrir a causa do zumbido ele pode ser amenizado.

 

Então, frases do tipo “não há nada que se possa fazer no seu caso” ou ”você vai ter que aprender a conviver com isso” ou “você não vai morrer disso mas vai morrer com isso” hoje em dia não são mais aceitas na abordagem do zumbido. Porém é muito importante lembrar que cada caso de zumbido é um caso isolado, deve ser feita uma avaliação médica precisa e o tratamento deve ser individualizado, levando-se em conta também as necessidades de cada paciente.


 Mas, mesmo assim, muitas pessoas ainda têm um incômodo importante e podem se beneficiar conhecendo mais sobre o seu problema e trocando experiências com outros indivíduos na mesma situação.


 Deste modo, em 1999, a Profa. Dra. Tanit Ganz Sanchez criou em São Paulo o Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido (GAPZ). Este grupo oferece apoio e traz informações atualizadas aos portadores de zumbido além de proporcionar a troca de experiências entre eles. Segundo os organizadores dos grupos de apoio americanos, estes grupos são um excelente meio para o paciente aprender a anular as repercussões negativas do zumbido através do convívio com outras pessoas que desejam superar um problema em comum e da experiência específica dos profissionais.


 O GAPZ se diferencia dos grupos de apoio tradicionais por ter como pilar de sustentação a participação de profissionais capacitados para elucidar questões relativas à audição e ao zumbido e para dirigir as discussões de maneira democrática e positiva, evitando que os participantes passem a valorizar ainda mais seus problemas e assumam um papel de vítima e sofredor segregado da sociedade.


 Em 2005, iniciaram-se as atividades na regional de Campinas que é constituída por uma equipe multidisciplinar formada por médicas otorrinolaringologistas, fonoaudiólogas, psicólogas e odontologista que trabalham voluntariamente.


Além da equipe de profissionais, o GAPZ conta ainda com a ajuda de portadores de zumbido que estejam em condições de dar apoio, ao invés de apenas recebê-lo, pois estes são ativamente encorajados a participarem e constituem-se em uma ferramenta extremamente útil em nosso grupo.


Uma pesquisa realizada entre os participantes do GAPZ ao final de 1 ano mostrou que 74% dos indivíduos apresentaram alguma melhora do zumbido no decorrer deste ano e 94% acharam que as reuniões do GAPZ contribuíram para esta melhora. A taxa de melhora de quem freqüentou pelo menos 7 reuniões anuais foi de 92% dos casos enquanto a de quem freqüentou menos de 5 reuniões foi de 44%.


Portanto o GAPZ faz parte de uma “terapia de apoio” que deve ser continuada até que o paciente se sinta recuperado em relação ao incômodo provocado pelo zumbido pois, quanto mais se aprende sobre o sintoma, maior é a chance de melhorar. Porém, a participação no grupo não elimina a necessidade de um acompanhamento médico individual.


Em Campinas, os encontros acontecem na Sociedade de Medicina e Cirurgia, na Rua Delfino Cintra, nº 63 e as próximas reuniões serão nos dias, 20 de outubro, 17 de novembro e 15 de dezembro, às 17:00


Outras informações podem ser obtidas no site www.zumbido.org.br

 

Dra Raquel Mezzalira, médica Otorrinolaringologista e coordenadora do GAPZ Campinas.


 

 

 

 
 
 
 
 

 

 

 

 

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